quinta-feira, 18 de julho de 2019

7° Dia - Viagem Argentina&Chile: Férias na Neve


Púcon e arredores

Bom dia!

Tomamos nosso café, preparei alguns lanches para levar e depois de tudo pronto, pegamos estrada. Hoje vamos passear pelos arredores de Pucón.





Ojos del Caburgua


A atração fica em uma área particular e, assim que entramos vem um senhor conversar com a gente. Ele explica que podemos entrar com o veículo até o estacionamento. Pode-se caminhar por toda a área o tempo que quiser.






Ojos del Caburgua é um espaço natural, paradisíaco e ótimo para se conectar com a natureza e relaxar localizado a 20 km de Pucón, ao sul do Lago Caburgua.

É um conjunto de 3 espetaculares cachoeiras, que chegam a ter 20 metros de altura. O seu nome faz referência à forma como as cascatas são vistas de cima, já que se assemelham a um par de olhos, um verde e um azul. O local surpreende por sua beleza natural, que mistura uma grande preservação da vegetação nativa, cachoeiras e lagos cristalinos, entre eles a Laguna Azul, uma lagoa com uma pequena queda de água e com uma coloração muito azulada e bonita. 




Pode-se andar por trilhas entre as cachoeiras e a vegetação. Todas são curtas, muito bonitas e possuem uma boa estrutura. Infelizmente o dia estava meio nublado, mas a paisagem é linda mesmo assim. Vale lembrar que não é permitido banhar-se nas águas do Ojos del Caburgua e, com esse frio, acho que ninguém se atreveria 







Sophie disse que a água estava bem gelada




A água tem uma cor azul lindíssima e, mesmo com o tempo fechado, é bem nítida







































 Quando voltamos, tinha um gatinho se esquentando no capô do carro...



ele não queria sair de jeito nenhum


Poderia passar o dia inteiro aqui... lugar encantador. A área possui boa estrutura, com banheiros, lanchonete e área para piquenique. Mas como ainda era cedo, decidimos seguir para o Lago Caburgua conhecer a Playa Negra e Playa Blanca






O Lago Caburgua fica no povoado de Caburgua, a cerca de 30km de Pucón. O lago possui águas cristalinas e está cercado por bastante mata, além de um morro, que na verdade é um vulcão inativo, chamado Vergara.



Esse lago é bastante bonito para um passeio em dia de sol, principalmente no verão. Ele tem duas praias de água doce, Playa Blanca e Playa Negra, que são um point na estação mais quente do ano. Existe boa estrutura para locação de equipamentos para esportes aquáticos como caiaques, barcos pequenos, jangadas, etc...


Sua formação é vulcânica, e por isso que na Playa Negra suas areias não escuras, variando entre os tons cinzas, marrons e avermelhados.









Aires fez um sobrevoo com o drone, posteriormente, posto o vídeo aqui.





Demos uma passadinha na feira de artesanato e daqui, retornamos e seguimos para a Playa Blanca





Descobrimos que o acesso só é permitido à pé (tem uma pequena trilha para chegar à praia) e não tem local apropriado para estacionar o carro. O caminho é bem estreito, mal passa 1 veículo e algumas pessoas vão deixando o carro pelo caminho. Resultado?! Desistimos de ver a tal Playa Blanca.



Nosso próximo destino do dia é o Parque Nacional Huerquehue




A área do parque é bem grande e passamos por várias propriedades particulares






Aqui fica a portaria do parque, onde pagamos a entrada e somos orientados sobre os atrativos do local. Mas já adianto que as informações são bem irrelevantes. (Só fomos descobrir depois que o trekking até os 3 lagos, com criança e no meio de um lamaçal, é inapropriado). O parque possui uma área de 125km² e abre às 8:30h da manhã e fecha às 18h (no inverno) e às 20h (no verão).


Depois seguimos adiante para uma área de estacionamento. Estacionamos o carro, fomos ao banheiro e seguimos para as margens do Lago Tinquilco para comer os lanches que tinha preparado mais cedo, pois já estava na hora do almoço.



Olha a neve no topo do morro




Extenso e contornado por vegetação vasta e preservada, o lago Tinquilco fica dentro do Parque Nacional Huerquehue, localizado a 35 quilômetros da região central de Púcon. É um dos vários lagos do Parque, na região de La Araucanía, no sul do Chile. Localizado a 700 metros de altitude. Este também é o primeiro lago que vemos antes de começar uma caminhada (morro acima) até os "Tres Lagos".




Retornamos ao estacionamento e verificamos que poderíamos seguir uns quilômetros adiante devido ao veículo possuir tração 4x4. Seguimos até uma rio e achamos melhor ficar por ali. Já haviam vários carros parados pelo caminho. Conseguimos um espacinho e estacionamos. Daqui por diante, somente à pé.

Atravessamos o rio por uma pontezinha e demos início a nossa trilha




A trilha até os 3 lagos é de 5km de subida. No trajeto, existem vários lagos, cascatas e mirantes para poder avistar o parque do alto e o vulcão Villarica (somente com o céu bem limpo).






Aires parou e fez uma varas de apoio para as crianças com uns bambus que haviam pelo caminho. Assim as crianças teriam algo em que se segurarem nas trilhas escorregadias.






Uma trilha lamacenta, escorregadinha e bem íngreme... e não chegava nuuuuuuunca. Realmente é maravilhoso estar envolto à natureza... mas as trilhas são bastante cansativas. Talvez com tempo seco, seria bem melhor, mas como choveu no dia anterior, somente quem tem um bom preparo físico e tempo de sobra, para chegar até as lagoas do topo. O ideal é passar um dia inteiro aqui. Inclusive, algumas das trilhas do parque chegam a levar 3 dias de caminhada. Há áreas de camping e até umas hospedagens ao longo da trilha para esta finalidade.


Depois de horas de caminhada, paramos por aqui e começamos a avaliar se iríamos continuar. Perguntamos para uma moça que estava descendo e ela nos disse que ainda tinha mais ou menos 1 hora e meia de caminhada e o caminho ficava mais difícil. Aires resolveu subir sozinho até o próximo mirante para saber se faltava muito para chegar aos 3 lagos.



Logo voltou, confirmando o que a moça havia dito. Caminho bem difícil, já para adulto, imagina com criança.


Retornamos daqui e fomos parando nas cascatas que haviam pelo caminho...


Cascada Trufulco







Aproveitando para reabastecer as garrafinhas de água  e, vamos descer...


Quando retornamos ao rio, nossas botas estavam cheias de lama. A calça da Sophie estava tão suja que fui obrigada levar todos ao rio e, literalmente, lavar a calça e as botas, pq não havia condições de entrar no carro assim. Mesmo lavando, tiramos as botas e colocamos o tênis quando chegamos no carro e troquei a calça da Sophie.

Enquanto eu ajeitava as coisas, Aires foi ajudar um chileno que estava com problemas em dar a partida no carro. Como sempre levamos equipamentos para algumas emergências, Aires tem uma bateria para dar start (partida), caso tenha algum problema na bateria. No caso dele, não resolveu o que fez o imaginar que o problema seria no motor de arranque. Voltou ao carro e pegou a corda para reboque para tentar então fazer o carro pegar "no tranco" visto que ali não havia espaço para empurrar o carro. Estávamos entre uma ponte e um rio, cheio de buracos e poças.


Depois de tentar rebocar a pick-up de ré, pois o rapaz estacionou encostado em uma árvore e não tinha como manobrar, por 2 vezes sem sucesso... já estava desistindo. Como estávamos puxando em direção ao rio, já não tinha mais espaço. Aí chegamos num dilema: a pick-up agora estava no meio do caminho, trancando a passagem e do outro lado tinha o rio.



Por um espaço que mal passava o carro, Aires passou para a frente do carro dele. Tivemos que fechar todos os retrovisores do nosso carro e dos estacionados para conseguir passar. Eu ali só acompanhando... sugeri ao Aires se não seria melhor ele assumir a direção da Pick-up, pois me parecia que o rapaz não tinha muita experiência no assunto. Então, eu passei para a direção do nosso ASX para puxar o carro e o Aires assumiu o volante da Pick-up para dar o "tranco".

Já na primeira tentativa, conseguimos!


Os rapazes ficaram muito gratos por termos parado para ajudá-los. Já estavam há algum tempo ali e ninguém, nem seus conterrâneos, paravam para ajudar. Perdemos mais ou menos 1 hora neste processo, mas foi compensador poder ajudar alguém que precisava.


Nossa "nave" rebocou uma Hilux!!! 

Já saímos do parque quando estava anoitecendo... chegamos em Púcon a noite, e eu ainda queria passar por uma feira Mapuche. Aires traçou a rota no GPS e fomos até lá. Até haviam bastante coisas, muitos licores, geleias, frutas secas e artesanatos em geral. Já estávamos ficando com fome e no local era servido comida a la carte, mas eu e as crianças queríamos voltar ao centro de Púcon.

Foi o que fizemos... paramos no Subway (de novo) para comprar uns lanches para nossa janta e voltamos à cabana. Hora de tomar um bom banho, comer e eu, fui dar um jeito concluir a limpeza das botas e das roupas sujas de lama.



Ufa! Dia cansativo, até amanhã,



Por Patricia Pilonetto


Pernoite em Pucón CHI: Cabaña da D. Raquel - 35.000 pesos chilenos, café da manhã por conta, com garagem.
Total percorrido: 143 km



Ojos de Caburgua: 1.500 pesos chilenos - para entrar com o carro.

Parque Nacional Huerquehue: 2.500 pesos chilenos adulto cd/ 1.500 pesos chilenos menor cd
http://parque-huerquehue.blogspot.com/



Nenhum comentário:

Postar um comentário