domingo, 14 de julho de 2019

3° Dia - Viagem Argentina&Chile: Férias na Neve

De Rio Cuarto ARG à Malargüe ARG

Olá pessoal!

Deixamos a bagagem organizada e enquanto o marido carregava o carro, fomos tomar café. No elevador encontramos um motociclista brasileiro que estava em viagem junto com seu amigo. Conversamos um pouco e falei que também viajávamos de moto, mas que desta vez estávamos de carro viajando em família.



Tudo organizado, café tomado, vamos pegar estrada...

O dia promete, com o nascer do sol lindo assim!  






Hoje, será mais um dia de bastante estrada pela frente, com poucas paradas... mas o cenário já começa a mudar 


Em São Luis, nos deparamos com um dispositivo na Ruta que lê a placa do veículo na hora que ele passa...



O mesmo esta distribuído em vários pontos da rodovia...


É bem interessante, nem todos conseguiam "ler" a placa brasileira, alguns marcavam só parte dela, pois nossa configuração é diferente...


São Luis




Quando paramos para tirar foto na placa da Ruta 146, ouvíamos um barulho muito alto de veículos e percebemos que havia algum autódromo por perto. Retornamos um trecho para conseguir localizar a entrada do mesmo...


Ao chegar no local, constatamos que a entrada era paga: 700 pesos para entrar as 4 pessoas mais o veículo. Desistimos, claro!


Retornamos à Ruta 146... e logo percebemos que haviam postes com símbolo de Wi-fi. Tínhamos que dar uma conferida né?!




A principio, próximo aos postes há sinal wi-fi liberado pela Província. Eu tentei utilizar, conectou a rede, mas não consegui navegar.



Aproveitamos a parada para esticar as pernas e fazer um lanchinho...








Sophie saiu colhendo florezinhas na beira da estrada...

















Bora pegar a estrada...








Como as crianças ainda não conheciam uma salina... decidimos dar uma paradinha nesta


Ao entrar, fomos recebidos por um funcionário; nos informou que cobravam uma taxa para visitação e que poderia andar por todo o lugar. Também ofereciam a visita com um guia, mas como era uma parada "não" programada, decidimos dar uma passeada.



Localizadas ao lado da Ruta 144, que liga San Rafael a Malargüe, uma paisagem única em plena exploração e um lugar com muita história. À primeira vista, parecem uma enorme lagoa. Mas, na realidade, é uma incrível mina de sal a céu aberto, onde o céu se reflete na lâmina d' água que cobre a salina.

As Salinas del Diamante foram declaradas Área Nacional Protegida da província devido à sua particularidade. Embora sejam de propriedade privada, a família Remaggi, que administra o estabelecimento desde 1916, decidiu abrir as portas ao público. Lá, você pode ver fotos que refletem a passagem da história deste local. Há também um museu do sal, onde você pode comparar as diferentes texturas e cores dos sais, dependendo do local de origem. Cerca de 1500 hectares de espelho d'água e 3000 da área total fazem da Salinas del Diamante um lugar que vale a pena conhecer na Província de Mendoza.




Um pouco de história
"As minas de sal, chamadas “del Diamante” devido à sua localização geográfica, faziam parte do território concedido aos Pehuenches pelo general Rufino Ortega, encarregado da fortaleza da Villa 25 de Mayo e pela responsabilidade de negociar com os habitantes originais alcançar a paz na área. Tudo isso, após a conquista do deserto do general Julio Argentino Roca, no final do século XIX. O padre Manuel Marco, capelão do forte, teve contato com os chefes das tribos da região e acabou fazendo amizade com Juan Goico, que tinha salinas em seu território. Os Pehuenches usavam o minério como mercadoria de troca e levaram o produto para Buenos Aires e Chile. Posteriormente, o chefe vendeu as salinas para Marco. A escritura foi assinada na cidade de Mendoza em 1886, cedendo nesse ato a posse e o uso do poço aberto. Foi Dom Luis Remaggi, casado com a Sra. Rosita Maturana, quem realizou a exploração comercial do local. Esse pioneiro buscou melhorar as estradas existentes no local e conseguiu o que, ao longo dos anos, seria a Ruta Nacional 144. Da mesma forma, seus constantes pedidos levaram à construção do ramo ferroviário que ia da Estação Pedro Vargas a Malargüe".
  
"Inclusive, uma estação foi instalada ao lado do local chamado Salinas del Diamante, hoje totalmente abandonada e forte testemunho do desaparecimento das ferrovias da Argentina nos anos 90. O sal foi vendido em Mendoza, San Juan, La Rioja e Capital Federal. Ele chegou a exportar para o Paraguai através de barcaças que viajavam de Santa Fe. Finalmente, Remaggi fez parceria com Arturo Santoni. Concluído o contrato, foi constituída a empresa Salinas del Diamante, cujos principais parceiros eram Luis Remaggi Maturana e seu irmão, Horacio Remaggi Maturana. O primeiro explodiu o local por quase 40 anos, período de maior esplendor das salinas".










Visitamos o Museu do Sal, com alguns tipos de sal, algumas fotos contando a história do local e haviam algumas embalagens com os produtos para venda também.


"Por aproximadamente dois anos, a família proprietária começou com a tarefa de recuperar a memória coletiva do local e organizá-la em uma sala de museu instalada nos mesmos salares. Para isso, estão sendo recuperadas máquinas antigas que já estão em desuso e várias explicações sobre a história das salinas foram colocadas no salão. Você também pode comprar uma interessante variedade de sais aromatizados com ervas nativas, limão e defumado".

Depois de brincar no sal... vamos seguir



Chegando em Malargüe...



Laguna de la Niña Encantada


Localiza-se a uns 40 km da cidade de Malargüe em direção ao Vale de las Leñas.

Esta é uma bela lagoa de 80 metros de diâmetro e de águas cristalinas de cor esmeralda, que provém de rios subterrâneos. Pode ser visitada através de uma estrada de terra ou pela Puente de Elcha (para pedestres) saindo da Rota 222. Localizada em meio a restos vulcânicos de El Infiernillo, um incrível campo de rochas que, ao refratar na água produzem formações sugestivas que originaram, através dos anos, inumeráveis lendas. Em Niña Encantada não é permitido pescar, mas se podem realizar caminhadas, cavalgadas e safaris fotográficos.

O lugar conta com serviços mínimos. Existe um quiosque para a compra das entradas e banheiros.


Sophie não pode ver um "gelinho" que já quer pisar 












Daqui, seguimos diretamente para a cidade de Malargüe



O Departamento de Malargüe está localizado no extremo sudoeste de Mendoza, a 421 km da Capital. Dentre os 18 departamentos que compõem a província, ele tem a maior área e é limitado no oeste com a República do Chile, no leste pela província de La Pampa, no sul com a província de Neuquén, e no norte e nordeste com o departamento de San Rafael. O clima na parte oeste do departamento, a qual está limitada pela Cordilheira dos Andes, é caracterizado por invernos frios, e no resto do território é desértico ou semi-desértico, originando uma paisagem particular, onde aparecem bosques de alpatacos entre as dunas, os quais são irrigados por rios e cachoeiras, ou por aqüíferos subterrâneos e lençóis freáticos. A região vulcânica da Payunia é um conjunto de planaltos e planícies elevadas de origem vulcânica, bacias endorréicas, depressões, salinas e dunas, com afloramentos basálticos e pouca vegetação. Recebeu o seu nome devido ao vulcão Payún de 3.680 metros de altura. A economia de Malargüe se baseia na produção de cabritos, sementes, batata e alho, e também a uma atividade turística muito intensa.


Em Malargüe está um dos Observatórios Pierre Auger, o outro está em Utah Estados Unidos. Trata-se de um projeto científico internacional para descobrir a origem dos raios cósmicos de ultra-alta energia. Neste observatório serão medidas as cascatas de partículas que ocorrem a cada vez que um raio cósmico se choca contra as moléculas da atmosfera superior. Isto irá determinar a energia, direção de chegada e a natureza dos raios cósmicos das mais altas energias observáveis.

Infelizmente, não conseguimos visitar o observatório, pois descobrimos que deve-se marcar hora para visitação.


O nome “Malargüe” é uma derivação da palavra mapuche “Malal” (barreira, espécie de curral que aproveitava as pequenas elevações do terreno cercadas por um corte, onde animais eram mantidos) e “hue” (lugar). Em dezembro de 1552 a área foi explorada pelo conquistador espanhol Francisco de Villagra. No ano 1846 foi construído o Forte Malargüe e um ano mais tarde fundou-se a vila El Milagro. Em 30 de abril de 1877, em uma área deserta e não sujeita ao controle do Estado e que o governo nacional dizia ser sua, a legislatura de Mendoza criou o Departamento de Malargüe. Em 21 de abril de 1879, no âmbito da Campanha do Deserto, partiu do Forte General San Martin, conhecido como O Forte El Alamito, a Quarta Divisão sob o comando do Tenente Coronel Napoleón Uriburu, com os Regimentos de Cavalaria 7 e 12, o Batalhão Nova Criação, uma Bateria de Artilharia de Montanha, 1 ª e 2 ª da Companhia da Guarda Nacional de Cavalaria e um corpo de médicos de engenheiros, somando um total de 941 militares. Em 1886, é fundada por um decreto, na base do forte El Alamito, a cidade de Malargüe, nome que foi mudado em 1887 pelo coronel Beltran, em 1892; posteriormente o departamento foi anulado e o território é integrado como um distrito do Departamento 25 de Maio. Em 1955, o departamento é restabelecido como o departamento de Malargüe original.


Depois de devidamente instalados, fomos dar uma passeada pela cidade e encontrar um local para comer.


Cidade organizada, com várias cabanas e hotéis, embora tivemos certa dificuldade em conseguir um local, pois como estamos em alta temporada, estavam quase todos lotados. Devido a esta demora, não conseguimos visitar nenhum dos Museus da cidade e, provavelmente, amanhã não ficaremos esperando até às 10 horas para tal feito. Ficará para uma próxima vez. Hora de voltar ao hotel e descansar.



Até mais!



Por Patricia Pilonetto


Pernoite em Malargüe ARG: Hotel Thieis - 2.400 pesos argentinos c/ café da manhã e garagem.
Total percorrido: 680 km



Taxa visitação Salinas El Diamante: 15 pesos por pessoa
Fontes: https://www.losandes.com.ar/article/salinas-del-diamante-un-desierto-blanco-en-tierras-de-caciques
https://www.serargentino.com/en/la-posta-travel/salinas-del-diamante-where-the-sky-is-reflected-on-earth

Entrada Laguna de la Niña Encantada: 60 pesos adulto / 40 pesos menor CADA
http://airesdelibertad.tur.ar/






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