Olá pessoal,
Dando continuidade ao post anterior (parte 1)
Parque Provincial Aconcágua
O Parque Provincial Aconcágua, é o local onde fica a montanha mais alta das Américas, o Pico Aconcágua, a 6.962 metros de altitude. O termo Aconcágua significa em aymará “sentinela de pedra” e em quéchua “sentinela branca”. O nome faz jus ao que se vê, já que a imponente montanha está no coração da Cordilheira dos Andes. O cume do Aconcágua foi conquistado em 1897 pelo suíço Matthias Zurbriggen durante a expedição britânica liderada por Edward Fitzgerald, a subida não é tecnicamente complexa, mas pode criar problemas aos menos preparados para enfrentar condições frias e falta de oxigênio.
Localizado no departamento Las Heras, a 180 quilômetros de Mendoza e quase na fronteira com o Chile, o Parque Provincial Aconcágua é uma das joias naturais da Argentina, possuindo uma área de 71 mil hectares. Entre os meses de novembro e fevereiro, os visitantes podem percorrer trilhas tranquilas para chegar ao mirante que proporciona uma das vistas mais bonitas para o Aconcágua, pois não há neve. Já durante os períodos mais frios, os caminhos ficam cobertos de neve, o que dificulta um pouco para fazer a trilha. As condições climáticas se alternam muito durante o ano, com temperaturas que variam de 10ºC a 30ºC (no verão), além de ventos constantes. Neste dia, estava fazendo 0ºC e um vento muito gelado.
Para o público em geral, o tour recomendado é o Circuito da Lagoa de Horcones, uma caminhada com cerca de três horas de duração (contando ida e volta), que passa pela Lagoa Espejo, o Mirante Cerro Aconcágua e pela linda Lagoa de Horcones. Os valores do passeio variam de acordo com a trilha que se vai fazer: de Valle Horcones aos trekkings de mais de um dia no interior do parque.
Lindo!!!
Assim encerramos nosso pequeno passeio no Parque Aconcágua. Daqui, seguimos para a próxima parada...
Vendo de longe, parece uma obra feita por mãos humanas. Mas, ao olhar com mais atenção, percebemos que a paisagem em tons de ocre é mesmo obra da natureza. A Puente del Inca surpreende pela grandiosidade da ponte natural sobre o Rio Caves, encantando os turistas.
Localizada a 2.700 metros de altitude, próximo à entrada principal do Parque Provincial Aconcágua,
a formação geomorfológica impulsiona a vida do pequeno povoado (com menos de 200 habitantes). Esse povoado se encontra a 1 Km do Cementerio de los Andinistas em homenagem aos montanhistas mortos em escaladas no Aconcágua e Las Cuevas, último povoado argentino, antes do Paso Internacional Cristo Redentor, onde está o Monumento Histórico Binacional Cristo Redentor, uma escultura de bronze que marca a fronteira entre a Argentina e o Chile.
Essa curiosa formação, possui 48 metros de comprimento, 28 m de largura e 8 m de espessura, suspensa a 27 metros sobre o rio e decorada com estalactites. O rio Las Cuevas tem erodido a montanha formando uma ponte natural, embaixo da qual emanam águas termais. Os sedimentos termominerais de uma cor ferruginosa que cobrem a ponte tornam a paisagem quase irreal.
Os sais minerais da região são responsáveis pelos tons de laranja, amarelo e ocre e qualquer objeto que se coloque sob elas adquire uma grande dureza pela impregnação de sais minerais, obtendo assim uma aparência “petrificada”.
Na margem direita ficam as famosas termas, com cinco fontes do mesmo tipo (Vênus, Marte, Saturno, Mercúrio e Champagne), mas de diferentes componentes e temperaturas , que oscilam entre os 34º e os 38º. Os banhos nestas águas são recomendados para diversas enfermidades.
Nem sempre a área foi tão pouco habitada. No século passado, um grande hotel aproveitou a fama das águas termais e construiu por lá uma sede que prometia a cura de muitos males. O negócio funcionou bem, até que uma avalanche em 1965 destruiu todo o local. Sobraram apenas a capela e as termas. Hoje as ruínas fazem parte da paisagem, que é área de proteção natural da Província de Mendoza.
É realmente impressionante!
A história da Ponte começa com o Camino del Inca e suas lendas. Sua fama se deve, sobretudo, às suas termas. Supõe-se que era conhecido e frequentado para aproveitar suas águas com propriedades curativas. Os banhos eram recomendados para afecções nervosas, reumáticas e ginecológicas. Eram também terapêuticas para crianças anêmicas e raquíticas, e para artrite.
Antigamente toda esta área da ponte até a Capela podiam ser visitadas, mas foi fechado ao público e só podemos apreciar do lado de cá mesmo.
Diz a lenda quéchua que, "muito antes da chegada dos espanhóis, um grande chefe inca tinha um filho com paralisia infantil e, depois de tentar todo tipo de curas sem resultado, soube que nas terras do sul havia um lugar onde as águas curativas poderiam terminar com sua desgraça. Preparou um grupo com os melhores guerreiros e se dirigiu até lá. Quando chegou observou assombrado as famosas águas que saiam da terra. Mas um rio caudaloso o separava delas impedindo que chagasse até lá. Então, seus guerreiros se abraçaram uns aos outros formando uma ponte humana para que, desse modo, chegassem ao outro lado. O inca caminhou sobre as costas dos guerreiros com seu filho nos braços e chegou até a terma onde encontrou a buscada cura. Quando olhou para trás para agradecer a seus guerreiros, estes estavam petrificados e constituíam o que hoje conhecemos como a famosa Puente del Inca". Existem outras variações desta lenda, mas esta é a mais bonita delas.
Por aqui a gente encontra várias barracas de artesanato que vendem objetos produzidos com a mesma formação rochosa da ponte. Também existe uma mercearia e um pequeno restaurante para comer e beber algo, e até há uma hospedaria no local. Como já estávamos com um pouquinho de fome, aproveitamos para comer um delicioso churros!
No caminho, encontrávamos algumas pessoas que paravam no acostamento e iam escorregar nas encostas da cordilheira... não resistimos
Muitas corres...
Chegando em Uspallata...
O Valle de Uspallata, localizado entre 1.900 e 2.500 metros de altitude, é atravessado pelo rio Mendoza e pelos riachos San Alberto e Uspallata. Pode-se observar nesta região uma vegetação típica da alta montanha. Este vale teve importante participação na história pela campanha de San Martín porque foi onde se concentraram os exércitos antes da travessia de Los Andes na época do vice-reinado. Também encanta aos que estão de passagem, já que é a estrada obrigatória para ir ao Chile. Na Villa de Uspallata existem hotéis, pousadas, chalés, restaurantes, lojas, aluguel de equipamentos para esqui, postos de gasolina e bancos.
Rodamos um bom tanto à procura de hotel. Queríamos ficar em uma cabana por aqui, mas não encontramos vaga disponível. Até haviam alguns chalés, mas para 7 a 8 pessoas. Depois de conseguir um hotel às margens da rodovia (para quem segue à Mendonza), voltamos ao centro da vila para uma bela refeição, afinal, passamos o dia apenas com lanchinhos.
Saímos do restaurante e aproveitamos para comprar alguns suprimentos num mercadinho em frente ao restaurante. Acabamos levando alguns alfajores para a sobremesa.
Retornamos ao hotel para um bom banho e descansar... mas as crianças ainda tinham energia para brincar...
Por hoje é só, dia longuíssimo... mas compensador!
Para o público em geral, o tour recomendado é o Circuito da Lagoa de Horcones, uma caminhada com cerca de três horas de duração (contando ida e volta), que passa pela Lagoa Espejo, o Mirante Cerro Aconcágua e pela linda Lagoa de Horcones. Os valores do passeio variam de acordo com a trilha que se vai fazer: de Valle Horcones aos trekkings de mais de um dia no interior do parque.
Como estamos com crianças, e no inverno, optamos pelo Sendero Free, que é uma trilha gratuita, bem curta, menos de 1 km (ida e volta) e dá para ver o cume do Aconcágua.
Então... vamos começar!
Lindo!!!
Assim encerramos nosso pequeno passeio no Parque Aconcágua. Daqui, seguimos para a próxima parada...
Monumento Natural Puente del Inca
Vendo de longe, parece uma obra feita por mãos humanas. Mas, ao olhar com mais atenção, percebemos que a paisagem em tons de ocre é mesmo obra da natureza. A Puente del Inca surpreende pela grandiosidade da ponte natural sobre o Rio Caves, encantando os turistas.
Localizada a 2.700 metros de altitude, próximo à entrada principal do Parque Provincial Aconcágua,
a formação geomorfológica impulsiona a vida do pequeno povoado (com menos de 200 habitantes). Esse povoado se encontra a 1 Km do Cementerio de los Andinistas em homenagem aos montanhistas mortos em escaladas no Aconcágua e Las Cuevas, último povoado argentino, antes do Paso Internacional Cristo Redentor, onde está o Monumento Histórico Binacional Cristo Redentor, uma escultura de bronze que marca a fronteira entre a Argentina e o Chile.
Essa curiosa formação, possui 48 metros de comprimento, 28 m de largura e 8 m de espessura, suspensa a 27 metros sobre o rio e decorada com estalactites. O rio Las Cuevas tem erodido a montanha formando uma ponte natural, embaixo da qual emanam águas termais. Os sedimentos termominerais de uma cor ferruginosa que cobrem a ponte tornam a paisagem quase irreal.
Os sais minerais da região são responsáveis pelos tons de laranja, amarelo e ocre e qualquer objeto que se coloque sob elas adquire uma grande dureza pela impregnação de sais minerais, obtendo assim uma aparência “petrificada”.
Na margem direita ficam as famosas termas, com cinco fontes do mesmo tipo (Vênus, Marte, Saturno, Mercúrio e Champagne), mas de diferentes componentes e temperaturas , que oscilam entre os 34º e os 38º. Os banhos nestas águas são recomendados para diversas enfermidades.
Nem sempre a área foi tão pouco habitada. No século passado, um grande hotel aproveitou a fama das águas termais e construiu por lá uma sede que prometia a cura de muitos males. O negócio funcionou bem, até que uma avalanche em 1965 destruiu todo o local. Sobraram apenas a capela e as termas. Hoje as ruínas fazem parte da paisagem, que é área de proteção natural da Província de Mendoza.
É realmente impressionante!
A história da Ponte começa com o Camino del Inca e suas lendas. Sua fama se deve, sobretudo, às suas termas. Supõe-se que era conhecido e frequentado para aproveitar suas águas com propriedades curativas. Os banhos eram recomendados para afecções nervosas, reumáticas e ginecológicas. Eram também terapêuticas para crianças anêmicas e raquíticas, e para artrite.
Antigamente toda esta área da ponte até a Capela podiam ser visitadas, mas foi fechado ao público e só podemos apreciar do lado de cá mesmo.
Diz a lenda quéchua que, "muito antes da chegada dos espanhóis, um grande chefe inca tinha um filho com paralisia infantil e, depois de tentar todo tipo de curas sem resultado, soube que nas terras do sul havia um lugar onde as águas curativas poderiam terminar com sua desgraça. Preparou um grupo com os melhores guerreiros e se dirigiu até lá. Quando chegou observou assombrado as famosas águas que saiam da terra. Mas um rio caudaloso o separava delas impedindo que chagasse até lá. Então, seus guerreiros se abraçaram uns aos outros formando uma ponte humana para que, desse modo, chegassem ao outro lado. O inca caminhou sobre as costas dos guerreiros com seu filho nos braços e chegou até a terma onde encontrou a buscada cura. Quando olhou para trás para agradecer a seus guerreiros, estes estavam petrificados e constituíam o que hoje conhecemos como a famosa Puente del Inca". Existem outras variações desta lenda, mas esta é a mais bonita delas.
Por aqui a gente encontra várias barracas de artesanato que vendem objetos produzidos com a mesma formação rochosa da ponte. Também existe uma mercearia e um pequeno restaurante para comer e beber algo, e até há uma hospedaria no local. Como já estávamos com um pouquinho de fome, aproveitamos para comer um delicioso churros!
Lembrancinhas compradas e barriga cheia... bora pegar estrada que tem chão pela frente!
No caminho, encontrávamos algumas pessoas que paravam no acostamento e iam escorregar nas encostas da cordilheira... não resistimos
Depois de um pouco de diversão... de volta à estrada
Muitas corres...
Chegando em Uspallata...
O Valle de Uspallata, localizado entre 1.900 e 2.500 metros de altitude, é atravessado pelo rio Mendoza e pelos riachos San Alberto e Uspallata. Pode-se observar nesta região uma vegetação típica da alta montanha. Este vale teve importante participação na história pela campanha de San Martín porque foi onde se concentraram os exércitos antes da travessia de Los Andes na época do vice-reinado. Também encanta aos que estão de passagem, já que é a estrada obrigatória para ir ao Chile. Na Villa de Uspallata existem hotéis, pousadas, chalés, restaurantes, lojas, aluguel de equipamentos para esqui, postos de gasolina e bancos.
Rodamos um bom tanto à procura de hotel. Queríamos ficar em uma cabana por aqui, mas não encontramos vaga disponível. Até haviam alguns chalés, mas para 7 a 8 pessoas. Depois de conseguir um hotel às margens da rodovia (para quem segue à Mendonza), voltamos ao centro da vila para uma bela refeição, afinal, passamos o dia apenas com lanchinhos.
Encontramos este lugar bem peculiar, e uma ótima comida por sinal!
Brindamos à vida, à nossa família, à saúde, à nossa viagem e à este mundo maravilhoso e encantador!!! 
Saímos do restaurante e aproveitamos para comprar alguns suprimentos num mercadinho em frente ao restaurante. Acabamos levando alguns alfajores para a sobremesa.
Retornamos ao hotel para um bom banho e descansar... mas as crianças ainda tinham energia para brincar...
Por hoje é só, dia longuíssimo... mas compensador!
Por Patricia Pilonetto
Pernoite em Uspallata ARG: Hotel Valle Andino - 4.180 pesos argentinos, com café da manhã e garagem.
Total percorrido: 184 Km
Maiores informações:
Parque Aconcágua http://www.aconcagua.mendoza.gov.ar/
Puente del Inca http://elportaldemendoza.com/pt-br/blog/puente-del-inca-2/
Villa Uspallata http://elportaldemendoza.com/pt-br/blog/vale-de-uspallata/
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