Olá pessoal,
Durante a noite choveu muito e, mesmo assim, acordamos com chuva!!! Um dia frio e cinza... Mas tudo bem, vamos colocar a água para ferver para fazer o café, digo, chá! Eu preparei uma bolsa para algumas emergências como essa, pode-se dizer. Levei talheres, copos plásticos, saquinhos de chá, algumas bolachinhas, barrinhas de cereal, salgadinhos, etc. Também um pano de prato, esponja e uma embalagem com detergente. Infelizmente, não levei café (no verão passado tinha levado e nem usei).
Nosso café da manhã, virou chá da manhã, acompanhado de uns doces bem gostosos que compramos na noite anterior.
Enquanto o marido e as crianças ajudavam a carregar o carro (foi um pouco complicado colocar a bagagem no carro debaixo de chuva) eu fiquei ajeitando as coisas na cabana, pois tem-se que entregar tudo como recebeu: utensílios utilizados limpos, secos e guardados, bem como fogão, mesa, pia... etc.
Tudo feito, vamos pegar a estrada... seguimos para Villarica.
Ao chegar em Villarica, nos assustamos: a cidade estava cheia de carros e pessoas andando de um lado para o outro. Até pensamos em ver alguns hotéis, mas não estávamos conseguindo acessar a internet em nenhum local para pesquisar, então paramos em um Posto para tentar descobrir algo, como: se o tempo iria melhorar. Decidimos então seguir para Pucón, tentar ver algo por lá, pois ainda não conhecíamos a cidade.
Cidade um pouco menor, mas tanto movimentada quanto em Villarica. Aires foi até o Centro de Informações Turísticas para pegar dicas de hotéis e das atrações. Fizemos algumas tentativas atrás de hotel, pousada, cabana, a maioria estava lotada (alta temporada). Conseguimos um hotel bem legal, mas só estaria disponível após às 14 horas. Mesmo assim, continuamos à procura. Em um dos hotéis, que até tinha quarto, mas um pouco apertado, o proprietário disse que seu cunhado tinha uma cabana para alugar e nos levou até lá. De princípio fiquei desconfiada e não gostei muito, mas depois que entramos na cabana ADORAMOS. Fechamos na hora com a mulher que nos atendeu.
As crianças adoraram, pois tinha 2 pisos: embaixo sala, cozinha e garagem e em cima, 3 quartos e banheiro.
Bem, praticamente, perdemos a manhã atrás de hotel. Descarregamos e retornamos ao centro para dar uma passeada pela cidade e almoçar.
Pucón é uma cidadezinha localizada na pré-cordilheira, aos pés do Vulcão Villarrica. Localizada a 780 km ao sul da capital Santiago na província de Cautín, região da Araucanía. Converteu-se na maior atração turística do sul do Chile graças às suas lindas áreas naturais, perfeitas tanto para a prática de esportes radicais como para o lazer. É uma região incomparável cercada pelo lago e vulcão Villarrica. Pequena, aconchegante e contornada pelos mais belos cenários da natureza, a cidade é um show de atrativos para aqueles adeptos ao turismo aventureiro ou mesmo aos que querem somente relaxar e contemplar o local: vulcões, lindas cachoeiras, montanhas, lagos de águas claras e até praia de água doce, são algumas das atrações.A Avenida Bernardo O’Higgins é a principal rua desta charmosa cidade. É aqui que fica a maior parte do comércio, restaurantes e agências de turismo e câmbio. Na Rua Miguel Ansorena há uma feira de artesanato bem interessante, e lá são vendidas peças de roupa feitas de lã, ímãs de geladeira, objetos de madeira, etc. Fizemos uma rápida passada pela feira para conhecer. E vamos comer!!!
Depois de comer muito bem... resolvemos subir o Villarica
Não conseguimos ver o Villarica, pois com o tempo fechado, estava totalmente encoberto...
Fizemos uma parada para as crianças brincarem um pouco.
Uns metros a frente fica o Parque da Cavernas Vulcânicas, como estava em nossa "lista", já aproveitamos o passeio.
Já na entrada do local a gente compra o ingresso para a visitação às "Cuevas Vulcânicas", estaciona o carro e uns 100 metros acima fica o refúgio/cafeteria onde ficamos aguardando a chamada do guia. As saídas acontecem de hora em hora.
Enquanto aguardávamos, começou a nevar...
Vulcão Villarica com o cume encoberto
Logo o guia nos chamou e iniciamos a visitação...
Primeiro vamos para uma cabana onde temos uma pequena "aula" sobre a formação da terra. O guia explica, num espanhol bem fácil de entender, desde a criação da terra, a formação dos continentes (pangea) até o presente e um breve cenário do futuro. De como a lava chega à superfície, formação dos vulcões no Chile, tipos de vulcões, etc.
Depois, em outra área, cada um recebe uma capacete e uma rápida instrução de como será o passeio.
Fazemos um percurso pequeno até a entrada da caverna... por estar nevando, estava um pouco escorregadio.
A formação de um tubo ou caverna vulcânica é essencialmente o produto de uma erupção e sai para o exterior de um fluxo de lava (rio), que desce uma encosta de um vulcão ativo. O fluxo de lava incandescente muito fluido, devido à sua alta temperatura, desliza para baixo, seguindo a inclinação.Em regiões com vulcanismo ativo, o escoamento de lava pode formar diversos tipos de cavidades na rocha. Em geral a lava escoa para a superfície através de um fluxo contínuo. À medida que o entorno do fluxo se resfria e solidifica, a lava continua escorrendo por canais, muitas vezes de vários quilômetros de extensão, chamados "tubos de lava". Após o vulcão se tornar inativo e com a finalização da "emissão" de lava esses tubos acabam ficando ocos e acessíveis pelo exterior.
As paredes da caverna tem uma aparência de chocolate derretido. É lindo e, ao mesmo tempo, um pouco assustador saber que por ali escoava a lava do vulcão e que o mesmo, ainda se encontra ativo.
Durante o percurso o guia vai falando da coloração das rochas e de muitas outras informações sobre o local.
Ao final da cueva o guia faz uma demostração apagando totalmente as luzes do local, para que possamos ficar em silencio e ouvindo somente as gotas caindo das raízes que estão espalhas por toda a extensão do percurso.
Após uns 45 minutos termina o passeio dentro das cuevas...
Retornamos ao refúgio para nos aquecer um pouco e tomamos um chocolate quente. Depois aproveitamos para curtir mais um pouco do local...
O local possui boa estrutura como o abrigo, banheiros e estacionamento. No inverno, com neve, fica um pouco difícil de fazer caminhas pelo parque porque as trilhas ficam muito escorregadias e no refugio/cafeteria não tem muita opção de alimentação, somente água e café/chocolate quente. Mas foi muito interessante conhecer e estar, literalmente, caminhando sobre um vulcão ativo e, na minha opinião, com neve é bem mais legal!
Então... vamos descer o vulcão...
Fizemos uma rápida parada na feirinha para conhecer e acabei comprando uns chaveiros.
Retornamos para o centro de Pucón, fizemos um pesseio pelo centro e compramos um chocolate quente para esquentar o corpo.
Depois fomos ao mercado comprar algumas coisas para o nosso café da manhã. Aqui encontrei daqueles sachês de café com leite, já comprei uma caixa. Como na cabana tinha máquina de lavar, comprei sabão em pó para lavar as roupas da viagem até aqui.
Acabamos encontrando o guia das cuevas fazendo compras. Ele nos disse: "cidade pequena".
Do mercado, decidimos fazer um lanche e optamos pelo Subway, mas fomos comer em 'casa'.
Depois da jantinha, as crianças foram curtir a cabana e eu, lavar roupa. Como levei minha bolsa de "emergência", tenho sempre cordinhas e elásticos e pedi para o Aires improvisar um varal no entorno da lareira para secar a roupa. Deveria ter tirado foto para mostrar como ficou.
Bem, é isso... até mais!
Por Patricia Pilonetto
Pernoite em Pucón CHI: Cabaña da D. Raquel - 35.000 pesos chilenos, café da manhã por conta, com garagem.
Total percorrido: 125 km
Ingresso Cuevas Vulcânicas: 18.000 pesos adulto/cada - 14.000 pesos menor/cada
http://www.cuevasvolcanicas.cl/
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