segunda-feira, 21 de janeiro de 2019

Viagem à Minas Gerais 5° dia - Parte 3

De Mariana a São João del Rei

Olá de novo,


Bem pertinho de Ouro Preto, a cidade de Mariana é excelente passeio de bate e volta para quem está na região. Mariana, assim como Ouro Preto, preserva parte da história colonial brasileira, especialmente ligada ao Ciclo do Ouro em Minas Gerais. A cidade oferece aos visitantes belas igrejas, casarões coloniais, pequenos museus e um ar de antigamente que torna Mariana um destino imperdível.


Nossa filha fez um trabalho sobre essa cidade na escola e, quando estávamos fazendo o roteiro, ela insistiu que incluíssemos Mariana no passeio.




Mariana foi a primeira vila, cidade e capital do estado de Minas Gerais. No século XVIII, foi uma das maiores cidades produtoras de ouro para o Império Português. Tornou-se a primeira capital mineira por participar de uma disputa onde a Vila que arrecadasse maior quantidade de ouro seria elevada a Cidade sendo a capital da então Capitania de Minas Gerais.


A cidade de Mariana não é muito grande e todas as atrações podem ser visitadas a pé. Basta um mapinha na mão.




Caminhar pelo Centro Histórico de Mariana nos remete a todo momento aos séculos passados. O ritmo da cidade é lento e uma voltinha pela Praça Gomes Freire é imperdível. Cercada de verde e preservados casarões coloniais, a praça faz com que os turistas se sintam em uma viagem no tempo.










As principais atrações de Mariana são as duas igrejas da Praça de Minas Gerais, um dos pontos que mais preservam a arquitetura colonial e barroca na cidade.


A Igreja de São Francisco tem nave e sacristia com trabalho em pintura de Mestre Ataíde (os restos mortais do artista estão sepultados na igreja), enquanto os púlpitos em pedra sabão são atribuídos a Aleijadinho.







Ao lado dela, a Igreja de Nossa Senhora do Carmo tinha teto pintado por Francisco Xavier Carneiro. Infelizmente, em 1999, a igreja sofreu um grande incêndio quando estava prestes a terminar a restauração total do prédio. As pinturas se perderam, mas o altar-mor foi preservado. 





Na mesma praça, a Casa da Câmara e Cadeia (aberta à visitação) preserva mobiliário e arquitetura da época da construção, entre os séculos XVIII e XIX.


No centro da região, um pelourinho resgata a memória dos tristes dias em que o trabalho escravo era comum no Brasil.






Outra igreja que se destaca em Mariana é a Catedral Basílica da Sé (também chamada de Nossa Senhora da Assunção), com conclusão de obra em meados do século XVIII e rico interior com detalhes atribuídos a Mestre Ataíde e Aleijadinho. Também do século XVIII, a Basílica de São Pedro dos Clérigos foge ao padrão da arquitetura colonial brasileira e segue linhas com influência italiana.





Do alto, tem-se uma bela vista da cidade de Mariana.





Mais uma visita concluída. Agora vamos seguir para São João Del Rei, dormir e visitar Tiradentes do dia seguinte.

Como havia mencionado anteriormente, por todo o trajeto o GPS vai informando o 'Marco da Estrada Real'. Muitos deles ficam na rodovia ou às margens dela. Este passava por fora e resolvemos dar uma conferida.
O "marcos" sempre estão sinalizados: "Nos eixos principais dos caminhos – Velho, Novo, dos Diamantes e Sabarabuçu – estão situados marcos da Estrada Real. Eles estão sempre presentes onde há pontos de bifurcação ou em locais que geram dúvidas ao viajante sobre a continuação da trilha.


"Estrada Real ou Caminho Real foi o nome dado em Portugal e em todo o Império Português aos principais caminhos construídos no país, regiões e colônias, cuja construção e manutenção eram responsabilidade da Coroa Portuguesa, diretamente ou através dos seus representantes locais. Em Portugal, muitas dessas estradas passaram a ter a designação de Estrada Nacional após a Implantação da República, em 1910, enquanto outras, fora de uso corrente, mantiveram-se como percursos pedestres. Na Região Autônoma da Madeira várias dessas antigas vias constituem atualmente percursos recomendados para caminhadas. No Brasil Colonia a construção dessas estradas foi especialmente intensa e relacionada com a atividade minerária. O patrimônio histórico-cultural que representam é defendido pelo Projeto Estrada Real."




A Estrada Real é a maior rota turística do país. São mais de 1.630 quilômetros de extensão, passando por Minas Gerais, Rio de Janeiro e São Paulo. Hoje, ela resgata as tradições do percurso valorizando a identidade e as belezas da região. A sua história surge em meados do século 17, quando a Coroa Portuguesa decidiu oficializar os caminhos para o trânsito de ouro e diamantes de Minas Gerais até os portos do Rio de Janeiro. As trilhas que foram delegadas pela realeza ganharam o nome de Estrada Real.

Este daqui é o "Caminho Novo": foi aberto para ser uma alternativa mais rápida e fácil ao Caminho Velho. Ele guarda uma série de elementos da época das bandeiras e das primeiras explorações do território.



Você pode obter maiores informações no site: http://www.institutoestradareal.com.br/estradareal


Essa região é conhecida como Ouro Branco...





 Pelo trajeto até São João del Rei, passamos por essa cidadezinha...








São João Del Rei

Chegamos à São João Del Rei à noite e com chuva. Conseguimos um bom hotel  e depois que a chuva parou, acabamos fazendo um passeio enquanto procurávamos um local para jantar.




















É isso... andamos MUITO hoje, visitamos muitos lugares. Descansar o esqueleto porque amanhã tem mais.


Até a próxima,


Por Patricia Pilonetto


Pernoite em São João del Rei: Hotel Ponte Real - R$ 300,00 c/ café da manhã e garagem.
Total percorrido: 170 Km




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